segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

A problemática da telha. De vidro.

                                                                                        Foto Hernâni Von Doellinger

Na minha terra, telha diz-se têlha. Sou de Fafe. Na terra onde moro, que também é minha por usucapião, telha diz-se telha. Moro em Matosinhos e gosto. A doutora Edite Estrela, quando tinha a televisiva mania da gramática, chamava talha à telha e eu não gostava. Mas compreende-se a confusão linguística que lhe enrodilha a cabeça: a senhora nasceu em Carrazeda de Ansiães, foi presidente da Câmara de Sintra e, diz ela, é actualmente a "deputada mais famosa do Parlamento Europeu". O Parlamento Europeu, não é que interesse mas aqui fica, tem sede ainda que tremida em Estrasburgo, França. Em França, telha diz-se, por exemplo, tuile. A França é muito famosa por causa do René Artois e da telha francesa.
Quer-se dizer: telha é efectivamente assunto vário, pano para mangas e com delicadas implicações internacionais. Uma verdadeira problemática, como dizemos os inteligentes de hoje em dia.

Ora portanto: a Câmara de Matosinhos decidiu dar mais cinco meses para as obras de requalificação da Casa de Chá de Siza Vieira. Cinco meses, porque não há telhas que sirvam. Vão decerto ser feitas de encomenda, e está bem. Não critico nem comento - quem sou eu para elaborar sobre telhas, iabadubidubidubidubidom, ou deliberações autárquicas que obviamente não alcanço? Registo apenas. Limito-me à concomitância da telhal problemática. Dão-nos música, que mais queremos?

2 comentários:

  1. Pois mais cinco meses, por causa da telha, ou será por causa do contrato de concessão?, cujo concurso ainda não abriu, mas já todos sabem que será entregue à exploração do Rui Paula, proprietário do Doc na Folgosa, Régua e Dop no Porto, que inclusivamente anda a preparar a equipa para lá trabalhar.
    abraço do benfiquista teu amigo

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