quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Carlos Alberto Nunes

Musa, canta-me a régia poranduba
das bandeiras, os feitos sublimados
dos heróis que o Brasil plasmar souberam
través do Pindorama, demarcando
nos sertões a conquista e as esperanças.
Dá que em versos eu fixe os fundamentos
históricos e míticos da pátria
brasileira, deixando-os perpetuados
na memória de todos os teus filhos:
a luta dos Titãs, os novos deuses,
as Amazonas varonis e a raça
que o Gigante de pedra fez do solo
surgir, robusta e bela, ideias novas
de grandeza forçando à eternidade.
Sobe, imaginação! Abre os arcanos
das lendas ameríndias, e dos Andes
me facilita os penetrais augustos.
Deixa ficar meu verso como o rio
das famosas guerreiras, quando as águas
aos tálamos da luz solene guia:
caudal e majestoso. Não menores
imagens me concede, altos remígios
aos feitos adequados, porque eu canto
do Brasil a excelência, na aristia
do férreo bandeirante celebrada.

[...]

"Os Brasileidas", Carlos Alberto Nunes 

(Carlos Alberto Nunes nasceu no dia 19 de Janeiro de 1897. Morreu em1990.)

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