Recordando
Relembro as lindas tardes de poesia
Passadas docemente à beira-mar;
Passadas na amorável companhia
Dos bons poveiros, corações sem par.
A minha vida triste, ao sol sem manchas,
Foi bela! O mar regia a sua orquestra.
Com os poveiros encostados às lanchas,
Eu me entretinha em fraternal palestra.
De quando em quando ouvia aos mais idosos
Narrações de trabalhos singulares:
Inclemências, naufrágios pavorosos
Que levavam o luto a tantos lares!
Quanta vez comparava a sua lida
Com a dos poetas! Uns, do mar profundo
Extraindo alimento para a vida...
Outros, da alma febril, luz para o mundo!
Uns, engolfados nesse mar fatal;
Outros, por infortúnios perseguidos,
Nautas da dor no pélago do ideal!
Tanta vez soçobrados e vencidos!
Relembro as lindas tardes de poesia
Passadas docemente à beira-mar;
Passadas na amorável companhia
Dos bons poveiros, corações sem par.
A minha vida triste, ao sol sem manchas,
Foi bela! O mar regia a sua orquestra.
Com os poveiros encostados às lanchas,
Eu me entretinha em fraternal palestra.
De quando em quando ouvia aos mais idosos
Narrações de trabalhos singulares:
Inclemências, naufrágios pavorosos
Que levavam o luto a tantos lares!
Quanta vez comparava a sua lida
Com a dos poetas! Uns, do mar profundo
Extraindo alimento para a vida...
Outros, da alma febril, luz para o mundo!
Uns, engolfados nesse mar fatal;
Outros, por infortúnios perseguidos,
Nautas da dor no pélago do ideal!
Tanta vez soçobrados e vencidos!
Matias de Lima
(Matias de Lima nasceu no dia 20 de Agosto de 1885. Morreu em 1970.)
Sem comentários:
Enviar um comentário